Um fóssil encontrado recentemente no Rio Grande do Sul pode ser do primeiro dinossauro carnívoro! A descoberta foi feita pela equipe do paleontólogo Rodrigo Muller, e segundo ele, o fóssil data de cerca de 230 milhões de anos atrás.
O recém-nomeado Gnathovorax cabreirai media cerca de 3m de altura, e viveu em uma área florestal durante o período Triássico, quando a América do Sul ainda fazia parte da Pangeia.
Os indícios na rocha indicam que o animal morreu em uma planície de inundação, permitindo que os sedimentos de um rio próximo cobrissem seu esqueleto e criassem um fóssil muito bem preservado.
Esse nível de preservação permitiu a visualização da caixa cerebral, algo extremamente raro que permitiu à equipe reconstruir o cérebro do réptil com tomografias computadorizadas.
O crânio revela que essa espécie tratava-se de animais predadores ativo, com boa visão, foco e equilíbrio, características que auxiliavam no uso de dentes afiados e serrilhados, assim como garras longas para capturar suas presas.
O fóssil também possui cicatrizes visíveis nos pontos de inserção muscular, indicadores da presença de musculaturas que permitirão à equipe reconstruir alguns músculos da facepara e entender como ele se alimentava e se movimentava.
O fóssil pertence a uma família muito antiga de dinossauros carnívoros chamada Herrerasauridae.
Os cientistas que o descreveram debateram se essa linha evolutiva deu origem aos famosos predadores dos períodos Jurássico e Cretáceo, como o Tyrannosaurus rex. Mas a descoberta do Gnathovorax cabreirai sugere que eles pertencem a linhagens diferentes.
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